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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O CONTRABANDISTA DE DEUS E A FUGA DAS GALINHAS

Quem já viu o filme “A fuga das galinhas” e já leu o livro “O contrabandista de Deus” pode estar se perguntando o que tem um a ver com o outro!
Vou explicar e é fácil de entender.
Vi um e reli o outro. E encontrei um ponto em comum. No filme, trava-se um diálogo entre aquele galo que, como um herói, tenta convencer as galinhas a assumirem uma atitude positiva ao sonho de liberdade:


“Então, botar ovos o tempo todo, ser enfiada no espeto, recheada e assada é bom o suficiente para você, é?”. “É um jeito de se levar a vida!”. “Sabe qual é o problema? A cerca não está só em volta do galinheiro, ela está aqui.” (Apontando para a cabeça).
No livro, o Irmão André é ouve uma irmã franciscana sobre como se captura um macaco:


“Bem, você sabe, os nativos sabem que um macaco jamais larga algo que deseja, mesmo que isso signifique perder a liberdade. Então, o que eles fazem? Pegam um coco e fazem um buraco de tamanho suficiente apenas para a pata do macaco entrar. Depois eles jogam lá dentro uma pedrinha, e ficam atrás de uns arbustos esperando com uma rede. Mais cedo ou mais tarde, um mico curioso aparece. Ele pega o coco, o chocalha. Olha pelo buraco. E, então, por fim, enfia a pata no buraco, apalpa lá dentro, e encontra a pedra. Mas quando ele tenta tirá-la, descobre que não consegue passar a pata pelo buraco, sem deixar cair a pedra. E, então, André, aquele macaco nunca largará o que pensa ser uma coisa preciosa. E a coisa mais fácil do mundo é apanhar alguém que age dessa forma... Você está segurando alguma coisa André? Algo está impedindo você de recuperar a liberdade?”


Já percebeu que o ponto comum é a liberdade?
Mas tem algo mais – os nossos desejos e expectativas!
Para as galinhas do desenho animado a restrição à liberdade estava na expectativa que elas tinham da própria vida. Serem criadas, engordadas, recheadas e assadas. Para muita gente a vida é assim, norteada por um fatalismo que não se pode escapar. As expectativas do que podem fazer e até onde podem chegar se limitam ao que já conhecem da história dos que vivem ao seu redor. Se todos vão na mesma direção por que tenho de rumar para outro lado?
E, assim, estabelece-se uma cerca na mente, que a gente mesmo diz – eu não posso ultrapassar.

Para o então, tímido e aventureiro André sua liberdade estava cerceada também por suas expectativas e desejos. Não porque eram pequenos demais, mas porque eram excessivamente desalinhadas daquilo que Deus programara para ele. E disso ele não abria mão!
Sejam grandes ou pequenos, os nossos desejos e as nossas expectativas a respeito de nosso futuro, se não forem de acordo com a vontade de Deus, sempre serão falsos e cerceadores de nossa verdadeira liberdade. Servir a Deus com alegria para só glorificar o Seu nome!

Um comentário:

  1. Muuuuito boa a comparação e o post! Esta de parabens!
    Q Deus abençoe este blog =)

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